Política Monetária e Operações de Crédito do SFN


NOTA PARA A IMPRENSA - 26.9.2014 Fonte http://www.bcb.gov.br/?ECOIMPOM
Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro

I - Operações de crédito do sistema financeiro
Em agosto, as operações de crédito do sistema financeiro apresentaram expansão maior que a observada no mês anterior, a despeito do menor número de dias úteis, dois a menos que julho, refletindo a retomada sazonal da demanda de crédito livre pelas empresas e pelo setor rural, bem como a expansão sustentada do crédito imobiliário.

O saldo total de crédito atingiu R$2.864 bilhões em agosto, com crescimentos de 1% no mês e de 11,1% em doze meses, ante variações respectivas de 0,2% e 11,5% em julho, passando a representar 56,8% do PIB, ante 56,6% em julho e 55,1% em agosto de 2013. A variação mensal refletiu as elevações respectivas de 1,2% e 0,8% nas carteiras de pessoas físicas e jurídicas, que totalizaram R$1.348 bilhões e R$1.516 bilhões, nessa ordem.


O crédito com recursos livres somou R$1.524 bilhões, correspondendo a 53,2% do total da carteira do sistema financeiro, após aumentos de 0,5% no mês e 5% em relação ao mesmo período do ano anterior. A evolução mensal resultou dos acréscimos de 0,5% nas operações com as famílias, destacando-se o crédito consignado e o cartão de crédito à vista, e de 0,4% no crédito às empresas, destacando-se as modalidades capital de giro 

com prazo superior a 365 dias e conta garantida.

O crédito com recursos direcionados alcançou saldo de R$1.340 bilhões em agosto, registrando elevações de 1,5% no mês e de 19% em doze meses. Nos financiamentos destinados às famílias, saldo de R$584 bilhões e variação mensal de 2,1%, destacaram-se as expansões das carteiras imobiliária e rural. Nas operações com empresas, saldo de R$756 bilhões e aumento de 1,1% no mês, verificou-se maior crescimento nos financiamentos do BNDES para investimentos.


O crédito ao setor privado totalizou R$2.687 bilhões em agosto, após acréscimo de 1% no mês e de 10,3% em doze meses. Os financiamentos imobiliários mantiveram ritmo expressivo de crescimento, com alta de 2% e saldo de R$468 bilhões, atingindo 9,3% do PIB (comparativamente a 7,8% em agosto de 2013). Os financiamentos ao setor rural, após estabilidade no mês anterior, cresceram 2,1% em agosto, alcançando R$243 bilhões, com destaque para as contratações de pessoas físicas relacionadas a investimento e custeio agrícolas. O crédito à indústria, especialmente nos ramos de construção, energia e químico e farmacêutico, e ao setor de serviços - destacando-se telefonia e atividades de consultoria - apresentaram expansões respectivas de 0,6% e 1%, totalizando, na ordem, R$529 bilhões e R$423 bilhões. Os créditos ao setor público, com ênfase para o setor de energia, somaram R$177 bilhões, após aumento mensal de 0,8%, resultante das variações de 1% e 0,6% nos saldos relativos a governo federal e aos estados e municípios, respectivamente.

I.1 - Taxas de juros e inadimplência
A taxa média de juros das operações de crédito do sistema financeiro, computadas as operações com recursos livres e direcionados, atingiu 21,1% a.a. em agosto, após queda de 0,3 p.p. no mês e aumento de 1,8 p.p. em doze meses. O indicador referente ao crédito livre alcançou 32,2% a.a., com queda de 0,1 p.p. no mês e elevação de 4,1 p.p. em doze meses. No crédito direcionado, situou-se em 8% a.a., após redução de 0,2 p.p. e aumento de 0,8 p.p., nas mesmas bases de comparação.


No segmento de pessoas físicas, o custo médio reduziu-se 0,3 p.p. no mês, com alta de 2,7 p.p. em doze meses, situando-se em 27,9% a.a. Nas operações com recursos livres, o custo médio diminuiu 0,1 p.p. no mês, para 43,1% a.a. No segmento de recursos direcionados, a taxa média situou-se em 8,1% a.a., redução de 0,1 p.p. no mês, refletindo a queda de 0,1 p.p. nos financiamentos imobiliários e no crédito rural.


Nos empréstimos às empresas, o custo médio alcançou 15,8% a.a., com variações de -0,2 p.p. no mês e 1,1 p.p. em doze meses. No segmento de recursos livres, a taxa média recuou 0,3 p.p. no mês, ao atingir 22,8% a.a., influenciada pela queda de 0,3 p.p. nos empréstimos de capital de giro. Nas operações com recursos direcionados, o indicador reduziu-se 0,2 p.p. no mês, situando-se em 8% a.a.


O spread bancário referente às operações com recursos livres e direcionados situou-se em 12,7 p.p., após redução de 0,4 p.p. no mês e crescimento de 1,4 p.p. em doze meses. Os spreads relativos aos segmentos de pessoas físicas e de pessoas jurídicas alcançaram 19,1 p.p. e 7,8 p.p., respectivamente. No crédito com recursos livres, ospread diminuiu 0,2 p.p. no mês, situando-se em 21,2 p.p., enquanto nas operações com recursos direcionados encerrou o mês em 2,8 p.p., com queda de 0,2 p.p.


A inadimplência do sistema financeiro, correspondente às operações com atrasos superiores a noventa dias, manteve-se em 3,1%. Nos segmentos de famílias e empresas, o indicador permaneceu estável em 4,4% e 2%, respectivamente. Nas operações com recursos livres, a inadimplência permaneceu em 5%, enquanto no segmento de recursos direcionados elevou-se 0,1 p.p. no mês, situando-se em 1,1%.

II - Evolução dos agregados monetários
A base monetária alcançou saldo médio diário de R$226,3 bilhões em agosto, ao crescer 0,2% no mês e 6,3% em doze meses. O aumento mensal resultou do incremento de 0,7% no papel-moeda emitido e do declínio de 2,5% nas reservas bancárias.
Entre os fluxos mensais dos fatores condicionantes da emissão monetária, destacou-se o impacto expansionista de R$30,5 bilhões dos depósitos de instituições financeiras, que refletiram os ajustes nas regras dos recolhimentos compulsórios implementados em julho e agosto1. Em sentido inverso, as operações com títulos públicos federais, que incluem a atuação do Banco Central no ajuste da liquidez do mercado monetário, foram contracionistas em R$21,8 bilhões. O impacto relativo aos títulos públicos refletiu vendas líquidas de R$41 bilhões no mercado secundário e resgates líquidos de R$19,2 bilhões no mercado primário.


O saldo médio diário dos meios de pagamento restritos (M1) atingiu R$306,5 bilhões em agosto, após retração mensal de 0,8% e elevação de 2,9% em doze meses. Nos mesmos períodos, o papel-moeda em poder do público expandiu-se 0,8% e 9,7%, enquanto os depósitos à vista recuaram 2,3% e 3,1%, respectivamente.


O saldo dos meios de pagamento no conceito M2, que corresponde ao M1 mais depósitos de poupança e títulos privados, cresceu 0,4% em agosto, totalizando R$2 trilhões. O estoque dos depósitos de poupança, que atingiu R$638,5 bilhões, avançou 0,3% no período, após captações líquidas de R$518 milhões. O saldo dos títulos privados permaneceu praticamente estável, em R$1,1 trilhão, com resgates líquidos de R$10 bilhões em depósitos a prazo.


O M3, que compreende o M2, as quotas de fundos de renda fixa e os títulos públicos que lastreiam as operações compromissadas entre o público e o setor financeiro, expandiu-se 2,3% no mês, alcançando R$4,1 trilhões, reflexo do crescimento de 2,4% no estoque dos fundos de renda fixa, que totalizou R$1,9 trilhão, e de 25% em operações compromissadas, saldo de R$189,7 bilhões. O M4, conceito que inclui o M3 e os títulos públicos de detentores não financeiros, apresentou expansão de 1,8% no mês e de 12,2% nos últimos doze meses, alcançando R$4,8 trilhões.


Fonte: http://www.bcb.gov.br/?ECOIMPOM

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